Por Rodrigo D’Antonio Correa
Se você está chegando aqui nesse texto agora, antes de mais nada, seja bem-vindo! É importante saber que Ele faz parte de uma série de textos narrados em primeira pessoa pelo corpo do Roberto, pelo seu “animal interno”! Ah, um aviso: Esse texto pode conter pitadas de humor e ironia 🙂 – Para ler os outros “desabafos” da série, é só clicar aqui.
Começo de ano, novas metas, novos objetivos e, como sempre, Roberto dizendo que vai fazer mais exercícios, comer melhor, afinal de contas – “o importante é ter saúde, o resto a gente corre atrás”.
E aí, minha gente, precisei voltar aqui para fazer um novo desabafo. Sai ano, entra ano e o Roberto ainda continua dando mais atenção a todas as opiniões e estímulos externos do que às minhas tentativas de conversas com ele.
Ah, que saudades de Antigamente! E quando digo “antigamente”, não estou nem me referindo aos meus ancestrais, porque aí também já é covardia, a vida deles sim era boa. Vou voltar um pouco só, talvez na época dos avós do Roberto.
A gente dividia nossa atenção com um ou, no máximo, dois profissionais de saúde – e geralmente aquele médico da família legal, que me conhecia e se engajava em uma conversa comigo para tentar compreender e traduzir meus recadinhos, sempre insistindo que poderia ajudar com um remédio ou uma compressa fria, mas que era importante ouvir o que eu dizia também.
Ah, minha gente, hoje não tá fácil. É dica do Google, da influencer, do coach da vida feliz e plena, do vizinho que toma um remedinho “tiro e queda” – e é daí pra pior! E aí, Roberto acorda dia 1º de Janeiro com aqueles planos e metas que falei no início: exercícios, alimentação, consultas e exames regulares de check-up, pois “prevenir é melhor do que remediar”. Só de ouvir essa frase eu já me tremo todo.
Confesso que esperava que as metas deste ano fossem diferentes: além dessas de sempre, também vou olhar mais pra dentro, vou parar de terceirizar as decisões sobre minha saúde, vou fazer terapias, vou cuidar da minha saúde mental e principalmente das minhas relações etc… e NADA!
E olha que achei que ele tinha entendido meus recados no ano passado, porque em 2023, ele se alimentou super bem e fez até uma maratona. E, gente, vamos lá, longe de achar isso ruim, ok? Tudo isso foi ótimo, porque também me deixa forte, com energia e me ajuda a lidar com várias pequenas coisas que Roberto apronta por aí…
O problema é que Roberto continua preso naquele trabalho que ele odeia, não quer olhar para esse relacionamento morninho e sem sal que ele está e não tem nenhuma rede de apoio boa pra conversar, desabafar e compartilhar. O que ele faz pra “esquecer”? Sai pra correr 20km, fica 3 horas na academia e fica repetindo: Eu estou ótimo! Está tudo bem!
Ai, eu também não tenho sangue de barata, né? Dei vários recadinhos: uma cãibra aqui outra ali, uma fasceíte plantar e Roberto nada de me escutar: “Ah, preciso comer mais isso, menos aquilo, vou trocar de tênis, meu professor precisa mudar meu treino, blá, blá, blá…”
Aí, quando os recadinhos leves não funcionam, eu preciso, às vezes, ser um cadinho mais enfático para ver se Roberto me ouve. Resultado: travei a lombar dele por 3 semanas. Vocês acham que ele ouviu?
Correu para o Osteopata e disse: “Doutor, se vira aí pra me ‘destravar’, faz aquelas manobras aí e me coloca no lugar. Até já fui em um médico para ver se tem mais daquele remedinho que tomo sempre, que fico bom em 2 dias! Acho que preciso fazer mais exames né? Porque não entendo, só como comida fitness, dieta balanceada com alimentos orgânicos e super saudáveis, estou com meus exames e treinos em dia, mas vira e mexe essas dores e problemas voltam! Acho que estou ficando velho, meu corpo está dando defeito”.
Olha, gente, só dando na cara dele! De novo colocando a culpa em mim, aff!
Ainda bem que dei a sorte de ele cair nas “mãos” (hehe desculpa o trocadilho) daqueles profissionais que têm se dedicado a tentar ser melhores tradutores entre o Roberto e eu, e parece que vão tentar levá-lo para um caminho diferente.
Um caminho onde Roberto vai precisar assumir mais a responsabilidade sobre mim e sobre as decisões que me envolvem, não só ouvir o que eu digo, porque isso na marra ele acaba ouvindo. Ele precisa mesmo é SENTIR mais e entender melhor meus recados.
Ainda estamos no começo. Roberto é muito cabeça dura (ou “esquecido”) e adora uma solução rápida e fácil, que alguém troque as peças com defeito, como se ele fosse um carro, mas já estou gostando dessas novas possibilidades e das sugestões que esse novo “tradutor” está dando.
Depois conto as novidades dele ou venho aqui com novos desabafos. Ihhh gente, como sempre essas conversas me deixam com muita vontade de fazer xixi… Fuuuui!
P.S: Se você não eu o primeiro desabafo, e ficou curioso, clique aqui 🙂
Rodrigo D’Antonio é o responsável por toda divulgação do conteúdo da 5LB Brasil. Com mais de 20 anos de experiência em tecnologia, gerencia o site, os sistemas e as redes sociais, além de produzir as artes e é responsável pelo Atendimento e Experiência do Cliente, tirando todas as dúvidas sobre nossos cursos e demais produtos da Plataforma 5LB.