Quem procura demais, às vezes pode achar coisa demais!

Por Rodrigo D’Antonio Correa
Se você está chegando aqui nesse texto agora, antes de mais nada, seja bem-vindo! É importante saber que Ele faz parte de uma série de textos narrados em primeira pessoa pelo corpo do Roberto, pelo seu “animal interno”! Ah, um aviso: Esse texto pode conter pitadas de humor e ironia 🙂 – Para ler os outros “desabafos” da série, é só clicar aqui.


Oi, minha gente! Eu estava sumido, né? Estava realmente mais quieto, mais reflexivo e também mais paciente com o Roberto. 

Comecei a entender que muitas das atitudes dele que me incomodavam não são escolhas de um lugar livre, talvez sejam mais reações do que respostas. Elas são, na verdade, soluções que encontramos juntos para conseguir lidar com situações que foram ou ainda são difíceis; a maioria delas ocorrida quando éramos bem pequenos e ainda dependíamos muito dos nossos cuidadores. Cuidadores esses que também tinham suas questões e limitações e nem sempre fizeram as coisas da melhor maneira, mas sim como era possível naquele momento, com os recursos que tinham.

Enfim, toda essa conversa meio filosófica pra dizer que estava longe dos meus desabafos por aqui porque estou mais amoroso e paciente com o Roberto, hahaha. Só que hoje precisei vir aqui extravasar um cadinho, apesar de saber que é um tema bem extenso, complexo e até polêmico. Mas vou tentar falar só das coisas mais simples 🙂

MUITO IMPORTANTE: não estou aqui dizendo para FAZER ou NÃO FAZER EXAMES. Como já falamos aqui, esse é um assunto muito complexo e assim como tudo o que se refere à saúde, cada um deve tomar suas próprias decisões, junto com seu amigo de confiança na área da saúde e escolher a opção que traga mais SEGURANÇA para si nesse processo.

Vim escutando e percebendo umas coisas nesses meses de outubro e novembro, e lembrei que estamos naqueles períodos do ano que é um tal de cutuca dali, enfia o dedo daqui, espreme acolá, me coloca dentro de uns tubos, manda uns negócios radioativos aqui pra dentro sem avisar, uma confusão.

E aí, eu queria aproveitar para voltar a alinhar com o Roberto algumas daquelas coisas que fomos perdendo e nos desconectando com o passar dos tempos e com o aparecimento de muitas novidades, soluções novas para tantos problemas que não tínhamos antes e SIM, claro, avanços muito legais que me ajudam demais em situações BEM complicadas e desafiadoras que antes eu não aguentaria segurar a barra sozinho. Um viva para as soluções de urgência!

Sabe por que muitas coisas se tornam assim urgentes? Exatamente por essa desconexão que tanto falo e também graças a nosso estilo de vida, hoje cada vez mais distante da nossa Biologia. Roberto e eu acabamos tendo que lidar com coisas que não fui feito para entender e muito menos aguentar. Bom, mas isso já falamos em desabafos anteriores. Se você está chegando aqui agora, bem-vindo(a)! Clique aqui para ver esse desabafo. 🙂

Voltando ao assunto de hoje, estou falando dessa “mania”, cada vez pior, de ficar procurando cabelo em ovo, minha gente! Tenho que admitir, vocês são muito bons pra inventar parafernálias e cacarecos para olhar aqui por dentro, hein?!

Porque vou te contar uma coisa: eu me esforço muito aqui para que, depois das minhas reparações, consertos e ajustes, fique o mínimo de cicatrizes e marcas. Porque gosto de tudo bonitinho e arrumado, mas confesso que às vezes não dá.  

Antes, eu até sentia e via em amigos de outros “Robertos” e “Cláudias”, essas cutucadas, essas investigadas aqui dentro, mas a maioria das minhas “bagunças” de reparos, vocês não viam. Hoje em dia, vou te contar: eita que vocês estão muito chatos! Qualquer manchinha, qualquer calombinho ou massa que precisei fazer, já estão vocês querendo tirar, dando nomes difíceis, colocando a culpa em coisas que não têm nenhuma relação.

Eu entendo a preocupação e a ansiedade de se antecipar e prever o futuro com a boa intenção de evitar o que alguns de vocês ainda veem como defeito, como algo que fiz por acaso. Principalmente nesse momento em que nossa comunicação está tão complicada, tão cheia de ruídos e tão distante da nossa Biologia. Mas vamos refletir juntos sobre algumas coisas que acho que podem ajudar?

Primeiro: Algumas dessas cutucadas, que fui pesquisar, vocês chamam de exames preventivos, não é? Então, para nós aqui dentro que somos mais antigos, mais arcaicos, alguns desses tais exames podem parecer ataques, afinal, são um pouco invasivos, não acham? Com isso, acabamos reagindo para proteger vocês e depois vamos precisar reparar coisas aqui dentro que até então estavam bem, quietinhas no seu canto.

E aí começa essa bola de neve: Ah, está vendo? Realmente tinha alguma coisa errada, vimos no exame, e agora apareceu mais essa outra coisa, e aí pode ser ladeira abaixo! 

Respira um pouco, escuta com o corpo e não só com a cabeça. Vem comigo. Será que o que vocês viram aqui dentro, com essas “auditorias não autorizadas” do meu trabalho não podem ser apenas cicatrizes ou um nome que gosto mais: marcas de uma vida, marcas de situações já resolvidas?

Certa vez, Aldous Huxley disse: “A ciência médica fez um progresso tão tremendo, que quase não resta um ser humano saudável.”

E sim, tem vezes que essas auditorias podem ajudar sim, tá? A minha questão é que como tudo na vida, o que é demais, pode não ser bom, certo?  

O segundo ponto importante é que alguns, envolvidos nesse caos e em notícias e possibilidades ruins, ficam tão focados na tecnologia e apenas naquele pedacinho de corpo auditado, que não percebem – ou já se esqueceram – que todos esses reparos e acertos que fazemos aqui dentro têm suas fases, seu processo de início, meio e, se possível, um fim. (Aquele pessoal das 5 Leis Biológicas do amigo Dr. Hamer tem uma explicação bem legal sobre isso, aliás). E quando vocês vêm com essa auditoria, parecem aqueles paparazzi de celebridades (ok, eu sou uma celebridade 🙂) que vêm sem avisar, tiram umas fotos, fazem umas imagens, não sabem o contexto, não sabem a história e muito menos em que momento do processo que estamos. 🙁

Aí publicam tirando suas próprias conclusões sem nem me perguntar e, na maioria das vezes, assumem o pior cenário. 🙁

E sabe o que é pior? Se guardassem essa opinião para eles, tudo bem. Mas nãaaoooo,  alguns amigos da saúde (nem todos, ainda bem) passam essas fotos e suas conclusões para nossos Robertos sem também considerar e se preocupar com suas próprias histórias, crenças e traumas. E quem tem que lidar com as consequências dessas bombas jogadas no nosso colo? Euzinho aqui! Para depois vir outra dessas auditorias e ainda dizer que eu dei defeito em outro lugar! 

Afff, nessas horas a gente perde as estribeiras e quer só gritar como suas avós faziam: “Não quero ninguém fazendo bagunça na minha cozinha! Aqui mando eu”!

Aproveitando essa deixa, vamos ao terceiro ponto que considero muito importante: A MANEIRA como essas histórias chegam aqui. 

Gente, lembrem-se sempre que aqui dentro tem muita história, muitas crenças e muitos traumas guardados, conhecidos, não conhecidos (grande parte), esquecidos e resolvidos e que cada palavra, cada nomezinho desses que vocês têm para as coisas que acontecem aqui comigo, podem levantar alertas, lembranças e gerar movimentos que nem eu mesmo tenho controle, mas na hora que precisar, eu vou reagir e fazer minha única função: proteger o Roberto!

Digo isso para que os amigos da Saúde reflitam em como dar essas notícias, essas conclusões para os Robertos, Josés, Claudias e Marias por aí. A maneira como isso bate aqui dentro e como isso conversa com o que tenho guardado aqui de histórias e memórias, está diretamente ligada a como e com qual intensidade eu vou precisar responder. E, depois, com as consequências dos reparos que precisarei fazer. Vai por mim, sei do que estou falando, me conheço bem e tenho comigo milhões de anos de aprendizado de evolução 😉

A ideia aqui nunca é dizer o quê e como fazer, pois esse não é meu papel. Cada um que cuide do seu ROBERTO, já não basta o trabalho que o meu me dá! Como diz uma frase parecida com isso: Que cada um possa ser livre para cuidar de si.

A ideia com meus desabafos é melhorar nossas conversas internas. Lembrar sempre que eu só trabalho para proteger o Roberto e que não faço NADA por acaso, nada mesmo, por mais difícil e complicada que minha mensagem possa parecer.

Assim, quem sabe, lembrando o Roberto desses pequenos, mas importantes detalhes de como minha biologia funciona, consigo resgatar e reforçar laços que fomos perdendo com o passar dos tempos no meio dessa vida louca que temos hoje. 

Bom, espero que essa reflexão faça sentido para você e que te ajude a pelo menos ponderar e trazer mais responsabilidade para decisões que tenham a ver com sua saúde, das pessoas que você ama ou dos seus clientes. Se não fizer, tudo bem também, o importante é que você esteja SEGURO com o que resolva fazer e com quem vai te ajudar nisso, sem medo, com amor e respeito pela sua vida.

O bom mesmo é que no final eu desabafei! hahaha tava precisando. Bora que tô doido pra fazer meu xixi e me preparar para as boas auditorias que possam vir por aí! 🙂 Fuuui!

 

 
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