O papel da tomografia nas 5LB: recurso ou obrigação?

Entre os muitos mitos que circulam a respeito das 5 Leis Biológicas, um dos mais persistentes é a ideia de que, para compreender os “conflitos” de uma pessoa, seria necessário realizar uma tomografia computadorizada (TC) de crânio. Há até quem defenda que o exame deveria ser interpretado por especialistas em “Nova Medicina Germânica”, que então descreveriam todos os possíveis “conflitos” vividos pelo indivíduo.

Mas será que isso é verdade?

É inegável que os exames de imagem tiveram um papel essencial no trabalho do Dr. Ryke Geerd Hamer. Foi por meio das tomografias que ele identificou os chamados “Focos de Hamer”, áreas cerebrais que se correlacionam com programas biológicos específicos. Esses achados foram decisivos para as relações evolutivas feitas pelo Dr Hamer e o desenvolvimento tão refinado e preciso do conhecimento que hoje chamamos de 5 Leis Biológicas.

Porém, reconhecer o papel histórico desses exames não significa que eles sejam necessários no dia a dia clínico para se aplicar o conhecimento das 5LB.

O mito da tomografia obrigatória

Na prática, alguns terapeutas ainda orientam seus clientes a realizar a tomografia e enviá-la para especialistas (às vezes até em outros países) para obter uma “leitura”. Além de uma exposição à radiação desnecessária (que apresenta riscos), há todo o custo envolvido, o limite de competência de quem solicita e na aplicação prática, isso se torna demorado, já que pode levar semanas até que a análise retorne; esse processo não corresponde ao que ensinava o próprio Hamer.

As imagens, quando analisadas isoladamente, não substituem a presença viva do cliente, suas palavras, seus gestos e a riqueza de sinais orgânicos que se manifestam no momento da consulta. Além disso, o quadro de uma pessoa pode mudar rapidamente, e aquilo que aparecia no exame no dia da captura, pode já não estar configurado da mesma forma alguns dias depois.

 Outro ponto a ser considerado é que a leitura de tomografias é complexa. Mesmo médicos radiologistas enfrentam dificuldades nessa interpretação. Tentar reduzir a compreensão dos processos biológicos a uma leitura fria de imagem, sem a experiência clínica direta, pode levar a equívocos e até a interpretações que mais confundem do que ajudam.

É por isso que chamamos de “caça a conflitos” as práticas que buscam nas imagens diagnósticos que não levam em conta a realidade clínica e subjetiva de cada ser humano. Compreender quais são os programas envolvidos é só o início e não determina o sucesso terapêutico, mas sim o que o clínico é capaz de fazer com essa informação.

A clínica é soberana

Nas palavras de grandes professores das 5LB, a mensagem é clara: nada substitui a escuta atenta e a observação direta do cliente.
Quando compreendemos em profundidade os programas biológicos, suas fases, os diagnósticos diferenciais e até as constelações cerebrais e hormonais, temos em mãos todos os elementos a serem considerados para uma intervenção coerente. Aí começa o trabalho terapêutico de fato, extremamente desafiador: o que fazemos com essa informação.

Muitas vezes, não precisamos nem levar essa compreensão para o paciente, especialmente em casos que isso poderia levar a uma outra crise. Mas conhecer, permite ao terapeuta acolher e definir a melhor condução para cada caso. 

A tomografia pode ser um recurso de apoio, mas não é, nem nunca foi, uma exigência para que as 5 Leis Biológicas sejam aplicadas com rigor e responsabilidade. O mito da tomografia obrigatória não resiste à prática clínica e ao espírito original das 5 Leis Biológicas. O que realmente importa é a presença do cliente e a capacidade do terapeuta de, em atenção plena, perceber, interpretar e intervir a partir daquilo que se manifesta no encontro vivo.

A tecnologia pode até apoiar, mas a clínica é soberana. Tendo sempre como norte o que essa  mudança de paradigma nos oferece, que não é sobre diminuir sintomas ou “desativar” conflitos, mas sim sobre ganhos de competência para lidar com os desafios da vida. 

 

*André Chediek é fisioterapeuta osteopata, constelador familiar e coordenador acadêmico da 5LB Brasil. Estuda as 5 Leis Biológicas desde 2010.

Esses e outros tópicos são abordados e desenvolvidos em nossa Formação Continuada. Durante o acompanhamento, passo a passo, são criados espaços de integração desse conhecimento, transformando os conteúdos em experiências. Se quiser saber mais, envie uma mensagem para rodrigo@conscienciaursos.com.br e vamos conversar, ou visite nosso site e conheça a jornada de conhecimento que preparamos com muito carinho para percorrermos juntos!

 
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