Vinicius Stefanelli*
No campo da saúde, é comum nos depararmos com diversas correntes de pensamento, muitas vezes até contraditórias, que buscam oferecer abordagens terapêuticas para uma variedade de condições do ser humano. Nos últimos anos, contudo, um tópico tem despertado bastante o interesse das pessoas – mas também gerado algumas confusões: a atuação profissional considerando as 5 Leis Biológicas (5LB) exige desconsiderar a medicina convencional?
Algumas pessoas acreditam que para considerar as 5 Leis Biológicas em seus atendimentos é necessário abolir completamente os métodos e técnicas de tratamentos existentes na medicina convencional, incluindo medicamentos, procedimentos cirúrgicos, quimioterapia, exames invasivos entre outros. No entanto, é importante destacar que esse entendimento é um mito que, em vez de ajudar, pode afastar as pessoas de um conhecimento benéfico para a humanidade.
Aqui na 5LB Brasil temos muitos alunos e ex-alunos médicos que atuam com as 5LB e nem por isso deixaram de prescrever medicamentos ou de fazer cirurgias. Em vez disso, eles incorporam essas leis em sua prática, exercendo a medicina sob uma nova perspectiva, com novas informações e, por vezes, redirecionamentos diferentes do tratamento de seus pacientes.
As 5 Leis Biológicas do Dr. Hamer não são uma resposta única para todas as “doenças”, mas uma ferramenta adicional que pode aprimorar os conhecimentos existentes, sem dicotomizar a medicina, preconizando que apenas uma das formas de atuar está correta e deve ser seguida fielmente. As 5 Leis nos auxiliam a ampliar a visão de mundo e do funcionamento da vida.
Então, o que significa atuar com as 5LB?
Atuar com as 5LB envolve a capacidade de reconhecer as necessidades individuais de cada organismo. Existem situações, especialmente em fases agudas e sintomáticas, em que o uso de medicamentos ou cirurgias é necessário para proporcionar conforto e segurança ao paciente, permitindo que o corpo se recupere da melhor maneira possível, sem entrar em reativações e/ou ativações de novos programas especiais de sobrevivência. Isso ilustra a importância de considerar as necessidades específicas de cada caso, adaptando o tratamento de acordo com a situação.
Além disso, é essencial respeitar as preferências dos pacientes, levando em conta suas crenças, cultura e contexto pessoal. Em uma relação médico-paciente transparente, é fundamental apresentar as opções terapêuticas disponíveis e os possíveis caminhos a seguir no tratamento. A decisão final deve ser tomada pelo paciente, amparado pelo profissional de saúde que atuará como um guia de confiança e apoio em suas escolhas.
Devemos abandonar afirmações simplistas de que uma abordagem médica é boa e a outra é ruim, ou que uma é mais avançada e a outra é ultrapassada. Em vez disso, o foco deve ser direcionado ao que é melhor para cada caso. Como costumamos dizer em nossos cursos, “existe apenas uma medicina: aquela que faz bem ao paciente.”
* Vinicius Stefanelli é fisioterapeuta osteopata, mestre e doutor em Anatomia e coordenador acadêmico e científico da 5LB Brasil. Estuda as 5 Leis Biológicas desde 2011.