Quem foi o Dr. Hamer

André Chediek e Vinicius Stefanelli*

Saber quem foi D. Hamer e conhecer sua trajetória é fundamental para compreender como as 5 Leis Biológicas foram descobertas. Inteirar-nos dos desafios que o levaram a esse novo conhecimento, nos permite enxergar as 5 Leis em sua essência e até compreender por que elas têm esse nome.

Ao olhar para a história do Dr. Hamer e ver tudo o que ele passou, é possível também explicar por que enfrentou tanta resistência nessa caminhada. Mas ao observar na prática as 5 Leis Biológicas, é possível constatar o quanto fazem todo sentido.

Então vamos lá?

 

Afinal, quem foi Dr. Hamer

Dr. Ryke Geerd Hamer, ou Dr. Hamer, como é mais conhecido, foi um homem determinado. Após vivenciar grande sofrimento com a perda de seu filho, desenvolveu câncer de testículo – e sua mulher câncer de mama – o que o deixou intrigado. Esses diagnósticos teriam algo a ver com a perda do filho, um fato dramático que os pegou de surpresa? Foi aí que iniciou suas pesquisas. Mas isso tudo ocorreu depois de uma longa trajetória percorrida na Medicina.

Nascido em 1935, em Mettmann (Alemanha), passou a cursar Medicina, Teologia e Física, aos 18 anos, na Universidade de Tübingen. Concluiu as duas primeiras graduações, tornando-se o médico mais novo em seu país na época, o que revelava sua inteligência e capacidade. Aos 22, completou o Mestrado em Teologia e aos 27, recebeu a licença profissional como médico. Também recebeu o título de Doutor em Medicina.

Em 1972, completou a especialização em Medicina Interna e começou a trabalhar no Hospital Universitário de Tübingen como internista responsável pelos pacientes com câncer. Paralelamente, atendia em seu consultório particular, ao lado da esposa, Dra. Sigrid Hamer, a quem conheceu na universidade.

Curioso e dedicado, desenvolveu e patenteou diversos instrumentos, até hoje utilizados na Medicina, entre eles, um bisturi não traumático (Hamer-Scalpel), 20 vezes mais penetrante do que uma lâmina de barbear, especial para cirurgia plástica; e uma maca de massagem que se ajusta automaticamente aos contornos do corpo.

Suas invenções e sua atuação o dotaram de meios financeiros suficientes para realizar o sonho de ter uma clínica na Itália, onde pudesse prestar atendimento gratuito a pessoas carentes, o que fez paralelamente ao trabalho na clínica oncológica de Munique, voltada para mulheres. Uma notícia traumática, contudo, fez com que mudasse completamente os rumos de sua vida.

 

A dor que originou as pesquisas para a descoberta das 5 Leis

Em 18 de agosto de 1978, Hamer recebeu a notícia de que seu filho Dirk, o primogênito de quatro filhos, estava severamente ferido, após ter sido baleado acidentalmente pelo príncipe italiano Victor Emanuel de Saboia. Dirk ficou quase quatro meses internado, mas não resistiu e morreu em 7 de dezembro de 1978.

Pouco tempo depois, o Dr. Hamer foi diagnosticado com dois tipos distintos de câncer testicular (teratoma e seminioma). Como nunca tinha ficado gravemente doente, postulou que o desenvolvimento daquele câncer poderia estar relacionado aos últimos acontecimentos vivenciados. Essa percepção marcou o início de uma extraordinária jornada científica no campo da medicina clínica.

Na época, como chefe do serviço de Medicina Interna da Clínica de Oncologia da Universidade de Munique, Dr. Hamer começou a investigar as histórias de suas pacientes, pesquisando mulheres com câncer de ovário – órgão análogo ao testículo – e descobriu que, assim como ele, todas haviam experimentado choques inesperados, vivenciados com um sentido de perda, constatando uma relação temporal com o início de seus processos oncológicos. Mais tarde, chamou esses choques inesperados de DHS ou “Síndrome de Dirk Hamer”, em homenagem ao seu filho Dirk.

E levou sua investigação além: seguindo a hipótese de que todos os eventos corporais são controlados a partir do sistema nervoso central, analisou as tomografias cerebrais de seus pacientes e as comparou com seus relatos médicos e psicológicos. Dedicou-se intensamente a coletar casos e documentar as correlações entre psique, cérebro e órgãos, com precisão e exatidão.

 

Constatações do Dr. Hamer

Para sua surpresa, encontrou uma clara correlação entre certos “choques biológicos”, com suas manifestações sobre o órgão e suas conexões com o cérebro. Assim, o Dr. Hamer descobriu que cada “doença” se origina de um choque ou trauma que ocorre de modo inesperado e é vivido com gravidade.

No momento em que o conflito inesperado ocorre, o choque atinge uma área específica do cérebro causando uma alteração (mais tarde chamada de Focos de Hamer), visível em uma tomografia computadorizada, como um conjunto de anéis concêntricos. Contudo, tais alterações foram consideradas como artefatos criados por falha na máquina.

Mas a Siemens, fabricante de equipamentos de tomografia computadorizada, emitiu um laudo afirmando que a imagem não se tratava de artefatos, como alegado pelos médicos. Mesmo quando a tomografia era repetida e tirada de diferentes ângulos, a formação de anéis (alvo) sempre aparecia no mesmo local.

O Dr. Hamer constatou que as células do cérebro que recebem o impacto dos conflitos enviam um sinal bioquímico para as células do corpo correspondentes, causando uma resposta tecidual local, como multiplicação celular, ulceração, aumento ou diminuição de função etc, conforme a camada do cérebro que recebe o choque.

Durante nossa evolução filogenética, cada área do cérebro foi evoluindo para poder responder instantaneamente a conflitos que poderiam ameaçar nossa sobrevivência. O estresse da época levou à necessidade de novos tecidos, novos aparatos para novas funções. O êxito desses desenvolvimentos, biologicamente falando, pode ser notado pelo fato de que tais alterações ainda estão presentes em nós. E na biologia, sabemos, o que nos favorece à vida, se perpetua. O que não favorece, se extingue.

Então, enquanto o tronco cerebral (a parte mais antiga do cérebro) é relacionado com questões básicas de sobrevivência, como reprodução, respiração e alimentação, a parte mais recente do cérebro, córtex cerebral, tem uma área relacionada com vida em grupo e território.

Dr. Hamer nomeou seus achados de “As Cinco Leis Biológicas”, já que sua pesquisa estava em plena conformidade com as leis naturais da embriologia e com a “filogênese”, a lógica evolutiva.

 

A decepção

Diante de tantas constatações, Hamer reuniu uma amostra considerável das evidências e descreveu uma série de princípios e leis biológicas propostas como uma tese de pós-doutorado para permitir uma cadeira na Universidade de Tubingen, na Alemanha, faculdade onde lecionava, na tentativa de ganhar permissão para continuar a pesquisa e o desenvolvimento de suas descobertas.

Para sua indignação, contudo, o comitê universitário rejeitou o seu trabalho e se recusou a avaliar sua tese. O material de sua investigação foi retirado e o assunto foi encerrado sem grandes explicações.

Houve ainda outra surpresa: pouco depois de entregar sua tese, Hamer recebeu o ultimato para negar suas descobertas. Caso contrário, seu contrato não seria renovado. Para ele, foi extremamente difícil entender por que estava sendo expulso da clínica por apresentar as bem fundamentadas descobertas científicas.

A pesquisa do Dr. Hamer perturbou radicalmente as muitas teorias existentes da medicina convencional. Sua explicação sobre a doença como uma interação significativa entre psique, cérebro e órgão correspondente recusa a ideia de que a doença ocorre por acaso ou como resultado de um erro da natureza. O impacto na medicina seria radical.

Sem revogar sua pesquisa, foi demitido e se recolheu ao seu consultório particular, onde continuou suas pesquisas. A perseguição a ele culminou em uma sentença judicial que o impediu de praticar medicina em 1986.

 

Novas perseguições

Embora seu trabalho científico nunca tivesse sido refutado, aos 51 anos, Dr. Hamer perdeu sua licença médica por ter se recusado a renunciar às suas descobertas sobre a origem do câncer, conforme os princípios da medicina oficial.

Determinado a seguir em frente, contou com outros médicos para obter imagens do cérebro e prontuários de pacientes. Com isso, em 1987 já havia analisado e catalogado mais de 10.000 casos e expandiu sua descoberta sobre as 5 leis biológicas para praticamente todas as manifestações conhecidas na Medicina como “doenças”.

Enquanto isso, a imprensa e os estabelecimentos médicos fizeram de tudo para atacá-lo, bem como à sua obra. Jornalistas e médicos “especialistas” passaram a retratar o Dr. Hamer como charlatão, curandeiro milagroso autoaclamado, líder de culto, irracional ou até criminoso insano que negou aos pacientes com câncer tratamentos convencionais que “salvam vidas”.

Em 1997, foi condenado a 19 meses de prisão por ter dado informações médicas livres a três pessoas, sem possuir licença médica. A polícia revistou os arquivos de seus pacientes e, posteriormente, um promotor público foi forçado a admitir durante o julgamento que, após cinco anos, dos 6.500 pacientes com câncer em sua maioria ‘terminal’, 6.000 ainda estavam vivos.

E assim, ironicamente, foi o seu adversário que forneceu as estatísticas reais, atestando a taxa de sucesso notável das 5 Leis Biológicas, chamadas por ele, à época, de Nova Medicina Germânica. No entanto, a Universidade de Tübingen continuou se recusando a testar o trabalho científico do Dr. Hamer, apesar de ordens judiciais em 1986 e 1994.

Em 09 de setembro de 2004, Dr. Hamer foi preso em sua casa na Espanha. E após um ano e meio na prisão francesa Fleury Merogis, foi libertado em fevereiro de 2006. Em março de 2007, foi forçado a deixar seu exílio espanhol, partindo para a Noruega.

 

Os últimos anos

É provável que, devido a uma combinação de fatores como os longos anos de rejeição, sua luta contínua para ser ouvido, as frustrações devido à injustiça da situação e as tramas em que foi envolvido pela mídia, Dr. Hamer caiu gradualmente em provocações e acabou na infeliz situação de misturar suas ideias políticas e ideologias com suas descobertas científicas ao longo dos anos. Isso gerou uma situação insustentável que, por um lado, o distanciou do campo acadêmico e, por outro, o isolou da comunidade científica.

Hamer passou os últimos 10 anos de sua vida na Noruega, publicou vários livros e mesmo afastado da academia continuou coletando seus dados com grande rigor científico, ultrapassando 40.000 casos. Morreu em 2 de julho de 2017, aos 82 anos.

Atualmente podemos dizer que os trabalhos originais do Dr.Hamer alcançaram a milhares de pessoas, senão milhões em todos os continentes e que embora às vezes, não possam compreender a profundidade dos detalhes técnicos e das implicações de seus descobrimentos, muitas pessoas puderam experimentar os benefícios em sua saúde derivados do entendimento e uso efetivo das informações precisas fornecidas pelas descobertas das 5 Leis Biológicas.

*André Chediek é fisioterapeuta osteopata, constelador familiar e coordenador acadêmico da 5LB Brasil. Estuda as 5 Leis Biológicas desde 2010.

* Vinicius Stefanelli é fisioterapeuta osteopata, doutor em Anatomia pela Unicamp e coordenador acadêmico e científico da 5LB Brasil. Estuda as 5 Leis Biológicas desde 2011.

 
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